Voltar | Por Efcaz 8/7/2019
Essas empresas utilizam seus serviços gratuitos para coletarem dados de usuários que são comercializados em mecanismos de propagandas direcionadas. Assim, conseguem faturar milhões e liderarem verdadeiros impérios informacionais.
Ao marcarem “sim” em termos de compromisso com tamanho diminuto, os usuários concordam com os termos de serviço dessas empresas, que nem sempre ficam claros.
De fato, um simples login, sucedido pela navegação cotidiana em redes sociais e páginas na internet, é suficiente para que sua localização seja rastreada. Perfis de busca, idade, costumes e, além disso, todas as fotos publicadas, ajudam os sistemas a ficarem cada vez mais inteligentes – o procedimento chama-se machine learning – e capazes de identificar rostos, locais e objetos.
O debate a respeito do uso de dados pessoais tem gerado resultados em novas legislações que buscam regular e fiscalizar as políticas de segurança das empresas. O conhecimento dessas regulações e dos riscos presentes na vida online é importante tanto para usuários quanto para empresas que buscam ganhar a confiança de clientes e novas parcerias.
O debate sobre privacidade online tem tomado grandes proporções, com governos mundiais estabelecendo limites com o intuito de proteger os dados pessoais dos usuários e garantir a privacidade.
Na Europa, a lei de proteção de dados promulgada pela União Européia (chamada de GDPR – General Data Protection Regulation) estabelece compromissos rigorosos para empresas que trabalham com os dados pessoais de seus clientes. Essa lei busca controlar o excesso de emails enviados como spam e pune empresas que permitem brechas de segurança utilizados por hackers e ladrões virtuais – que por vezes utilizam de táticas criminosas como sequestro de dados em troca de dinheiro. Essa legislação pretende transformar o compromisso com a segurança de dados uma parte indispensável das práticas empresariais.
A legislação é importante pois transforma o que antes era um terreno nebuloso – as práticas online – em uma realidade clara e bem conhecida. Os consumidores europeus estão cada vez mais cientes das dificuldades das empresas em seguir os preceitos de proteção de dados e, por isso, mais exigentes. 86% dos entrevistados nessa pesquisa disseram que a proteção de dados era fator de importância ao escolherem um banco.
No Brasil, os vazamentos de conversas envolvendo o juiz e Ministro da Justiça Sérgio Moro, elevaram o nível do debate. A despeito das controvérsias ideológicas envolvidas, a publicação de conversas no aplicativo Telegram (que não conta com criptografia de ponta a ponta) sugerem a importância de produzir mecanismos eficazes no que condiz à proteção de dados.
Em 2018 a Lei Geral de Proteção de Dados (n° 13.709) foi sancionada pelo então presidente Michel Temer. A legislação deve entrar em vigor em 2020 e dependerá de um órgão regulador (a ANPD – Autoridade Nacional de Proteção de Dados), que agirá na fiscalização e identificação de violações.
Essa lei se inspira na legislação européia e rege mesmo os dados de cidadãos brasileiros utilizados por empresas internacionais (como Google e Facebook), que por atuarem em solo nacional, terão de responder às regras locais.
Uma das questões é que brechas de segurança devem ser informadas imediatamente para os órgãos governamentais responsáveis e usuários envolvidos. Esse tipo de definição é importante pois coloca o direito dos usuários em primeiro lugar, ao invés da reputação da empresa.
Com o grande foco internacional na questão do Direito Digital e a emergência de uma globalização cada vez mais incisiva, é de se imaginar que muitos negócios, contratos e relações financeiras ocorram pela Web.
Além disso, muito dinheiro circula por vias virtuais, o que gera ainda mais preocupação com a segurança de dados. A legislação européia, por exemplo, não trata dos dados das empresas, mas apenas do uso e armazenamento de dados de usuários. Ou seja, a preocupação com a segurança da gestão de contratos e relações entre empresas decai unicamente nas costas dos empreendedores.
No mundo virtual, dados sensíveis – contendo informações a respeito de funcionários e empresas parceiras – estão sendo compartilhados e armazenados em sistemas na nuvem. Tudo em compasso com a necessidade de economia de tempo e dinheiro em áreas como armazenamento de documentos e desempenho no escritório.
Para empresários brasileiros que quiserem fazer um upgrade na segurança de dados da empresa, é possível contar com empresas dedicadas ao assunto. A EFCAZ é uma Startup que oferece soluções na área de gestão de contrato, garantindo ferramentas organizadas, simples, seguras e com amparo jurídico. As soluções envolvem uma ferramenta de assinatura digital e eletrônica, um painel que liga contratante e contratado e mecanismo criptografado para preenchimento de formulários.
Soluções desse tipo são importantes para empresas que precisam sistemas com verificação de fraudes e desejam que o banco de dados dos usuários sejam seguros. Além disso, as empresas devem tomar diversas precauções estratégicas que vão desde o armazenamento de dados em instalações físicas únicas, cuidados com backups e um sistema de rede robusto. Nessa tarefa, é imprescindível que empreendedorismo e tecnologia da informação dêem as mãos.
Esse é apenas o começo de um processo que ficará gradualmente mais complexo com legislações e novas culturas digitais. É preciso se preparar para criar canais seguros pois, segundo certas previsões, nos próximos 10 anos a proteção online se tornará tão importante quanto nosso apreço pela segurança física.
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