Voltar | Por Efcaz 13/10/2025
Uma tendência de sustentabilidade que vem ganhando destaque é a chamada economia circular. Diferentemente do modelo linear tradicional, que segue a lógica de “extrair, produzir, descartar”, a economia circular propõe um sistema regenerativo, em que os recursos são mantidos em uso pelo maior tempo possível, e os resíduos são inseridos no ciclo produtivo como matéria-prima.
As ações sustentáveis já não se restringem apenas à esfera individual, focadas no consumo consciente e na separação do lixo para coleta seletiva. Hoje, a responsabilidade ambiental e social deve ser compartilhada por toda a cadeia produtiva. Empresas, governos e consumidores precisam trabalhar em conjunto para promover mudanças estruturais.
Nesse contexto, as práticas sustentáveis devem participar da operação das empresas e fornecedores, compondo todas as fases das cadeias de produção — desde o design dos produtos até o descarte final. A adoção de materiais recicláveis, a logística reversa, a eficiência energética e a redução de desperdícios são exemplos de estratégias que podem ser implementadas.
Além de reduzir o impacto ambiental, essas medidas trazem vantagens competitivas, como a redução de custos, o fortalecimento da marca e a atração de investidores que valorizam negócios alinhados aos princípios ESG (Environmental, Social, and Governance). Mais do que uma obrigação, a economia circular representa uma oportunidade de inovação e crescimento.
Empresas que adotam esse modelo não apenas contribuem para a preservação do planeta, mas também criam novas fontes de receita, estabelecem parcerias estratégicas e conquistam consumidores cada vez mais exigentes em relação às práticas sustentáveis.
Dessa forma, a transição para uma economia circular não é apenas uma tendência, mas uma necessidade urgente para garantir a sustentabilidade dos negócios e do meio ambiente no longo prazo.
Neste artigo focamos em como a economia circular funciona e como pode integrar a gestão da rede de fornecedores.
O modo mais tradicional de conceber a cadeia de produção é o modelo linear, baseado na extração, produção, consumo e descarte. Nesse sistema, as matérias-primas são retiradas da natureza, transformadas em produtos e, após um período de vida útil, descartadas como lixo. Esse processo não considera os impactos ambientais gerados em cada etapa:
Esse modelo, ainda predominante na maioria das indústrias, é insustentável a longo prazo, pois depende de recursos finitos e gera acúmulo de resíduos que poluem oceanos, solos e a atmosfera.
Em oposição ao modelo linear, a economia circular propõe um sistema regenerativo, inspirado nos ciclos da natureza. Em vez de apenas extrair, usar e descartar, esse modelo prioriza:
Na natureza, não existe “lixo”: tudo se transforma em um ciclo contínuo. Folhas caídas viram adubo; animais mortos são decompostos e reintegrados ao ecossistema. A economia circular busca replicar essa lógica, criando cadeias produtivas em que tudo é aproveitado, minimizando impactos ambientais e reduzindo a dependência de recursos virgens.
A economia circular não é apenas uma alternativa sustentável, mas uma necessidade urgente para garantir a sobrevivência dos negócios e do planeta. Empresas que adotam esse modelo hoje estarão à frente no mercado de amanhã, enquanto aquelas que insistirem no modelo linear enfrentam riscos crescentes de escassez de recursos e rejeição do consumidor. A mudança já começou e o futuro pertence a quem souber transformar resíduos em riqueza, desperdício em oportunidade e problemas ambientais em soluções inovadoras.
A economia circular abrange todas as fases da cadeia de produção e um ponto central nestes ciclos é a relação entre empresas e fornecedores. Uma empresa que almeja a sustentabilidade e busca fatias do mercado com o marketing dessa tática não pode, por exemplo, comprar a matéria-prima de um fornecedor que não está em compliance com as diretrizes de sustentabilidade definidas em sua cultura de trabalho. Além de prejudicar a estratégia sustentável, a percepção do público de um possível greenwash pode prejudicar a reputação da empresa.
Uma rede de fornecedores adequada é cíclica. Isso significa um arranjo de entregas, logística e distribuição entre parceiros comerciais que agem em harmonia. Para isso, ter uma visão total da cadeia produtiva e conhecer seu fornecedor é primordial e estabelecer regras contratuais para a parceria: os resíduos são reintroduzidos na cadeia produtiva? O fornecedor possui programas de reciclagem? Tem medidas sérias para diminuir os impactos de extração no ambiente?
O passo seguinte é garantir que a compliance seja efetiva. Para isso, é de suma importância que a pauta ambiental seja incluída nos contratos, com os requisitos em ações sustentáveis inclusos nos termos dessa relação comercial.
Em uma operação que utiliza a economia circular, os gestores devem conhecer não apenas o contexto geral da sua própria produção através de uma visão global da produção, mas também conhecer o contexto interno dos seus fornecedores, ter certeza de que aquilo que foi estipulado nos contratos é suficiente no contexto em que o fornecedor atua, respeitando as suas particularidades econômicas, sociais e ambientais. Afinal, a boa gestão de fornecedores garante a confiabilidade da reputação da sua empresa.
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